Rússia: passeando pelas cidades do Bolshoi e de Dostoiévski

019
Praça Vermelha, Moscou. https://gumrussia.com/4press/

Entre 30 de maio e 6 de junho de 2012, estive com um amigo em Moscou e São Petersburgo. Fomos em um voo da Iberia, saindo de Madri. Em Moscou, caía uma chuva fina, e a temperatura estava por volta de 12°C.

Gostei bastante de ambas as cidades. Uma semana foi suficiente para ter uma ideia das principais atrações. Os que acompanham minhas viagens há mais tempo sabem que eu espremo as 24 horas do dia em umas 36, portanto, nesse período, fui a vários museus, igrejas, balés, ópera…

Algo surpreendente nessa viagem foi a sensação de ter “respirado” cultura. Meus conhecimentos de história, arte, literatura, música e dança tiveram um upgrade. Mas confesso que, no fim das férias, minha mente queria relaxar em uma ilha deserta.

Os passeios pelas ruas é uma viagem no tempo. É possível imaginar o glamour dos czares e a profunda pobreza em que viviam os demais mortais ou as dificuldades sofridas pela população quando da revolução bolchevique.

Moscou. Embora eu goste muito de caminhar pelas ruas, em Moscou vale a pena pegar o metrô, que é conhecido como “Palácio do Povo”. As estações são lindas! O complicado é ler seus nomes. Não se assuste também com a profundidade. Vá apreciando a beleza da estação enquanto sobe ou desce, por vários minutos, a escada rolante.

MosMetro_KomsomolskayaKL_img2_asv2018-01
Estação Komsomolskaya. Foto: A.Savin (Wikimedia Commons · WikiPhotoSpace) – Own work, FAL, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=66369728

Ficamos hospedados no apartamento de uma amiga. De lá, tínhamos a regalia de ver a Praça Vermelha pela janela. Realmente, em Moscou, é o que há de mais impressionante. Lá se encontra a magnífica Catedral de São Basílio (a que parece um bolo de festa por causa das cúpulas coloridas). Construída, por ordem de Ivan, o Terrível, entre 1555 e 1561, acabou se tornando o símbolo da Rússia e o monumento mais fotografado da cidade. A catedral abriga nove capelas. Curiosamente, o nome autêntico é Catedral da Intercessão da Virgem junto ao Fosso.

Em frente à catedral, encontra-se o Monumento a Minin e Pozharsky, estátua de bronze, construída no século XIX, que representa os heróis da guerra contra a coalizão polaco-lituana (1612).

O Mausoléu do Lenin também é bastante imponente. É um segredo a forma como o corpo do fundador da União Soviética se mantém intacto. A entrada é gratuita e sempre tem fila, porque não abre todos os dias, portanto cuidado para não dar com a cara na porta!

The Ivan the Great Bell Tower - a dominant structure in the Moscow Kremlin
© 1997-2019 The Moscow Kremlin State Historical and Cultural Museum and Heritage Site

Dentro do Kremlin, sede do governo russo, passamos pelos jardins e entramos na maioria das catedrais, mas não visitamos o Palácio do Patriarca, o Palácio do Arsenal e o Campanário de Ivan. Tudo na Rússia é caríssimo, portanto há de se escolher bem aonde ir. Na praça Ivanovskaya, vimos o Czar Pushka (Czar dos Canhões), fundido em 1586. Com 40 toneladas de bronze, é o maior canhão do mundo, mas nunca deu um disparo! Vimos também o Czar Kolokol (Czar dos Sinos). Na Praça das Catedrais, visitamos:

  • a Catedral da Assunção, centro nacional e religioso, mandada construir por Ivan III, entre 1475 e 1479, considerada a principal igreja russa. Nela, eram coroados czares e imperadores e sepultados os patriarcas da igreja russa. Depois da Revolução de 1917, tornou-se museu;
  • a Catedral da Anunciação, edificada entre 1484 e 1489, foi, durante séculos, a capela privada de príncipes e czares;
  • a Catedral do Arcanjo, construída entre 1505 e 1508. Lá estão enterrados príncipes e czares, entre eles Ivan, o Terrível, e seus filhos Ivan e Fyodor; e
  • a Igreja da Deposição das Vestes, erguida entre 1484 e 1485. Seu nome faz referência a uma festividade bizantina que data do século V e celebra a transferência das vestes de Nossa Senhora da Palestina para Constantinopla. Segundo a lenda, o manto da virgem salvou Constantinopla de seus inimigos.

Na Praça Vermelha, há a opção de almoçar no Shopping GUM. Quem depara com esse centro comercial tão luxuoso não imagina que, anteriormente, abrigava lojas populares soviéticas. Inclusive, GUM era a forma abreviada, em russo, de Loja de Departamento Estatal.

006
Shopping GUM. https://gumrussia.com/4press/

Ao sair do shopping, pode-se pegar a saída para a rua Ilinka, onde se conservam a Casa dos Comerciantes e a antiga Bolsa de Valores (hoje, Câmara de Comércio e Indústria de Moscou). Muitas construções pertenciam ao Comitê Central do Partido Comunista.

Entre a Catedral de São Basílio e o Shopping GUM, há uma estrutura circular de pedra com uma pequena elevação com escadas no centro. Nesse local, a mando do czar, se lia aos moscovitas as ordens e os documentos oficiais de interesse geral.

Tive o privilégio de ver duas apresentações de balé no Teatro Bolshoi e assistir a uma sátira. Infelizmente, o Balé Bolshoi estava em turnê nos EUA e Canadá, mas, de toda forma, valeu a pena ver a apresentação da Escola Coreográfica de Moscou, de onde sai a maioria dos membros do Bolshoi. Eu não conseguia nem piscar, com receio de perder algum lance.

Com relação a museus, fui à Galeria Tretyakov e à Nova Galeria Tretyakov, cujas coleções são de pintores russos. Muitos eram completamente desconhecidos para mim! Fiquei fascinada pelas obras.

Galeria Tretyakov
Galeria Tretyakov

Ao visitar a Nova Galeria Tretyakov, aproveite a oportunidade para ver as esculturas do parque de arte Muzeon, um museu a céu aberto que conta com 1000 esculturas da era soviética, do período socialista, bem como obras de artistas russos vanguardistas e contemporâneos. Para relaxar a mente, aproveite também para dar um passeio pelo Parque Gorky.

Lúdico foi o passeio ao Museu dos Cosmonautas. Lá pude ter uma ideia mais clara, por exemplo, sobre como ocorreu a corrida espacial do governo soviético.

Fomos em duas ocasiões ao restaurante italiano Gusto. O atendimento é bom. À noite, é bem divertido. Tocam música ao vivo, e as russas dançam sensualmente.

Em São Petersburgo, ficamos no hotel Polikoff, simples, mas muito bem localizado, praticamente na esquina com a Avenida Nevsvki, a principal da cidade.

Nossa primeira visita foi à absolutamente linda Igreja do Sangue Derramado, cujo nome oficial é Igreja da Ressurreição de Jesus Cristo e é uma das estampas clássicas de São Petersburgo. Foi erguida entre 1883 e 1907, no local onde foi assassinado o czar Alexandre II, por isso “sangue derramado”.

Igreja do Sangue Derramado
Igreja do Sangue Derramado. Foto: St. Petersburg Official City Guide

Depois, passamos pelo parque Campo de Marte, atravessamos a ponte Trinity e fomos à Fortaleza de São Pedro e São Paulo, mandada construir por Pedro, o Grande para defender a saída ao Mar Báltico. Nela morreu Alexei, filho de Pedro, o Grande, em 1718, acusado de conspiração contra o pai. No centro da fortaleza, encontra-se a Catedral de São Pedro e São Paulo, erguida entre 1712 e 1733. À direita da porta de acesso à catedral, há uma capela que contém as 32 tumbas dos Romanov. Destaca-se o sarcófago de Pedro, o Grande.

Para aproveitar o dia ensolarado, fomos de barco até o Palácio Peterhof (45 minutos de percurso). Visitamos apenas os jardins. Logo ao entrar, deparamos com a Grande Cascata. É uma obra de 400 metros de longitude, sem sombra de dúvida o símbolo mais representativo de todo o complexo. Está decorada com 225 esculturas de bronze. A figura central da parte superior da fonte corresponde a Sansão abrindo as mandíbulas de um leão, homenagem aos russos que derrotaram os suecos em 1709. Dizem que, no verão, a visita fica ainda mais interessante, pois as fontes estão ligadas.

Peterhof4
Palácio Peterhof. Foto: St. Petersburg Official City Guide

Acabado o passeio, ainda nos sobrou tempo para passarmos pelo Palácio Mariinsky, construído por ordem de Nicolau I para sua filha Maria, e pela exuberante Catedral de Santo Isaac.

Voltamos ao hotel pela rua Sadovaya. Embora seja uma das ruas mais importantes, com muito comércio, é feia. O interessante foi observar a quantidade de estabelecimentos que funcionam 24 horas (ou 24 yaca em russo).

No dia seguinte, fomos ao museu Hermitage. Enfrentamos uma hora de fila, embaixo de chuva fina e frio. Mas não me arrependo! O palácio, por si só, já vale a visita. É gigantesco, portanto, é impossível apreciar a coleção inteira em um dia só dia. A alternativa foi ver as principais obras. O museu, de arquitetura barroca, abriga obras artísticas que os czares foram reunindo.

Há quem atribua a Catarina, a Grande a frase “só eu e meus ratos podemos desfrutar isso”. Fico feliz que, com o passar do tempo, não seja necessário ser uma imperatriz ou um roedor para poder percorrer as salas, os corredores e as escadas desse maravilhoso museu.

Não deixamos passar a oportunidade de conhecer o teatro Mariinsky, onde assistimos ao ballet Quebra-Nozes.

Marinsky Theather
Teatro Mariinsky. Foto: St. Petersburg Official City Guide

Também conhecemos o Museu Russo, na Praça das Artes. Vale a pena! As obras seguem uma sequência cronológica. Há desde ícones até arte moderna (Kandisky, Malevich, etc).

Estivemos em dois restaurantes que recomendo: Café Singer.  A livraria Dom Knigi, na parte de baixo, é muito famosa. No Café Literário, comi um peixe (pike em russo) delicioso!

Curiosidades sobre a Rússia e o povo russo. Mas lembre-se de que fui em 2012! Pouquíssimos falam inglês, o índice de obesos é bastante alto, adoram roupa com cores fortes. Estava em alta, na época, rosa pink, azul piscina, alaranjado e, entre os rapazes, os conjuntinhos track suit da Adidas, usar franja e bolsa atravessada. As mulheres usam saltos altíssimos. É comum ver homens carregando garrafas de cerveja, como a gente leva de água… Também pudera, só em 2011, a Rússia reconheceu a cerveja como bebida alcóolica. Antes, era considerada item alimentício…

Não deixe de experimentar “Алёнка”, o chocolate mais famoso da Rússia. É também um bom souvenir.

Boas sugestões de vodcas: Russian Standard, Beluga e Imperia.

Chocolate

espanha Rusia: de paseo por las ciudades del Bolshoi y de Dostoievski

017
Plaza Roja. https://gumrussia.com/4press/

Entre el 30 de mayo y el 6 de junio de 2012 estuve con un amigo en Moscú y San Petersburgo. Fuimos en un vuelo de Iberia desde Madrid. En Moscú caía una lluvia fina y la temperatura rondaba los 12 ° C.

El viaje me gustó mucho. Una semana fue suficiente para hacernos una idea de sus principales atracciones. Como exprimo al máximo las 24 horas del día,  en ese tiempo, fui a varios museos, iglesias, ballet, ópera, etc.

Algo sorprendente en ese viaje fue la sensación de haber “respirado” cultura. Amplié mis conocimientos de historia, arte, literatura, música y danza. Pero confieso que, al final de las vacaciones, mi mente quería relajarse en una isla desierta.

Moscú. Pasear por las calles es como regresar en el tiempo. Es posible imaginar el glamour de los zares y la profunda pobreza en que vivían los demás mortales o las dificultades sufridas por la población durante la revolución bolchevique.

Sin embargo vale la pena coger el metro, también conocido como “Palacio del Pueblo”. ¡Las estaciones son hermosas! Lo complicado es leer sus nombres. No te asustes por la profundidad. Mejor apreciar la belleza de la estación mientras subes o bajas, durante varios minutos, por la escalera mecánica. Vamos, ¡toda una excursión!

Nos alojamos en el piso de una amiga. De allí, teníamos la suerte de ver la Plaza Roja por la ventana. Realmente, en Moscú, es lo que hay de más impresionante. Allí se encuentra la magnífica Catedral de San Basilio (la que parece una tarta por sus cúpulas de colores). Construida, por orden de Iván el Terrible entre 1555 y 1561, se convirtió en el símbolo de Rusia y el monumento más fotografiado de la ciudad. La catedral alberga nueve capillas. Curiosamente, su verdadero nombre es Catedral de la Intercesión de la Virgen junto al Foso.

Al frente de la catedral, se encuentra el Monumento a Minin y Pozharsky, estatua de bronce, construida en el siglo XIX, que representa a los héroes rusos de la guerra contra la Mancomunidad de Polonia-Lituania (1612).

Bastante imponente es el Mausoleo de Lenin. Es un secreto la forma en que el cuerpo del fundador de la Unión Soviética se mantiene intacto. La entrada es gratuita, pero, como no abre todos los días, siempre hay una cola larga.

Mauzoleumlenina_(cropped)
Mausoleo de Lenin. Foto: Staron – Own work, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=63418895

Dentro del Kremlin, la sede del gobierno ruso, pasamos por los jardines y entramos en la mayoría de las catedrales, pero no visitamos el Palacio del Patriarca, el Palacio del Arsenal y el Campanario de Iván. Todo en Rusia es carísimo, así que hay que elegir bien a dónde ir. En la plaza Ivanovskaya vimos el cañón Tsar Pushka (Cañón del Tsar), fundido en 1586. Con 40 toneladas de bronce y 890 milímetros, es probablemente el de mayor calibre del mundo, pero ¡nunca ha disparado! Además vimos la enorme campana Tsar Kolokol (Campana del Tsar). En la Plaza de las Catedrales, visitamos:

  • la Catedral de la Asunción, mandada construir por Iván III, entre 1475 y 1479, considerada la principal iglesia rusa. En ella eran coronados zares y emperadores y sepultados los patriarcas de la iglesia rusa. Después de la Revolución de 1917, se convirtió en museo;
  • la Catedral de la Anunciación, edificada entre 1484 y 1489, fue durante siglos la capilla privada de príncipes y zares;
  • la Catedral del Arcángel, construida entre 1505 y 1508. Allí están enterrados príncipes y zares, entre ellos Iván, el Terrible, y sus hijos Iván y Fyodor; y
  • La Iglesia de la Deposición del Manto de la Virgen, erigida entre 1484 y 1485. Su nombre hace referencia a una festividad bizantina que data del siglo V y que celebra la transferencia de las vestiduras de Nuestra Señora de Palestina a Constantinopla. Según la leyenda, el manto de la virgen salvó a Constantinopla de sus enemigos.
Annunciation Cathedral. View from the Cathedral Square of the Kremlin
Catedral de la Anunciación – © 1997-2019 The Moscow Kremlin State Historical and Cultural Museum and Heritage Site

En la Plaza Roja, existe la opción de almorzar en el Shopping GUM. Es difícil imaginar que ese centro comercial tan lujoso albergaba anteriormente tiendas populares soviéticas. Incluso, GUM era la forma abreviada, en ruso, de Loja de Departamento Estatal.

Al salir del centro comercial, se puede coger la salida hacia la calle Ilinka, donde se conservan la Casa de los Comerciantes y la antigua Bolsa de Valores (hoy, Cámara de Comercio e Industria de Moscú). Muchas construcciones pertenecían al Comité Central del Partido Comunista.

Entre la Catedral de San Basilio y el Shopping GUM, hay una estructura circular de piedra con una pequeña elevación con escaleras en el centro. En ese lugar, por mandado del zar, se leían a los moscovitas las órdenes y los documentos oficiales de interés general.

Moscow_05-2012_Bolshoi_after_renewal.jpg
Teatro Bolshoi. Foto: A.Savin (Wikimedia Commons · WikiPhotoSpace) – Own work, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=21106502

Tuve el privilegio de ver dos espectáculos de ballet en el Teatro Bolshoi y asistir a una sátira. Desgraciadamente, el ballet Bolshoi hacía una gira en Estados Unidos y Canadá, pero, de todos modos, valió la pena ver la actuación de la Escuela Coreográfica de Moscú, de donde sale la mayoría de los miembros del Bolshoi. Ni siquiera parpadeaba, para no perder ni un momento de ese maravilloso espectáculo.

En cuanto a lo que se refiere a museos, fui a la Galería Tretyakov y a la Nueva Galería Tretyakov. Las colecciones son de pinturas rusas. ¡Muchas me eran completamente desconocidas! Me quedé fascinada con las obras.

Al visitar la nueva galería Tretyakov, aproveché la oportunidad para ver las esculturas del parque de arte Muzeon, un museo a cielo abierto que cuenta con 1000 esculturas de la era soviética, del período socialista, así como obras de artistas rusos vanguardistas y contemporáneos. Para relajar la mente, disfruté de un paseo por el parque Gorky.

Lúdico fue el paseo al Museo de los Cosmonautas. Allí pude hacerme una idea más clara, por ejemplo, sobre cómo fue la carrera espacial del gobierno soviético.

Museu dos Cosmonautas
Museo de los Cosmonautas

Fuimos en dos ocasiones al restaurante italiano Gusto. El servicio es bueno. Por la noche es muy divertido. Tocan música en vivo y es curioso ver como bailan las rusas…

San Petersburgo. En San Petersburgo, nos quedamos en el hotel Polikoff, sencillo, pero muy bien situado, prácticamente en la esquina con la Avenida Nevsvki, la principal de la ciudad.

Nuestra primera visita fue a una de las estampas clásicas de San Petersburgo, la absolutamente hermosa Iglesia de la Sangre Derramada, cuyo nombre oficial es Iglesia de la Resurrección de Jesucristo. Fue erigida entre 1883 y 1907, en el lugar donde fue asesinado el zar Alejandro II, por eso “sangre derramada”.

Después, pasamos por el parque Campo de Marte, atravesamos el puente Trinity y fuimos a la Fortaleza de San Pedro y San Pablo, mandada construir por Pedro el Grande para defender la salida al Mar Báltico. En ella murió Alexei, su hijo, en 1718, acusado de conspiración contra su padre. En el centro de la fortaleza se encuentra la Catedral de San Pedro y San Pablo, erigida entre 1712 y 1733. A la derecha de la puerta de acceso a la catedral hay una capilla que contiene las 32 tumbas de los Romanov. Entre ellos destaca el sarcófago de Pedro el Grande.

view-of-the-field-of-mars-in-st-petersburg
Vista del Campo de Marte, de la Plaza Suvorov y del Puente Trinity. © 2001-2019 ZAO “SAINT-PETERSBURG.COM”

Para disfrutar del día soleado, fuimos en barco hasta el Palacio Peterhof (45 minutos de recorrido). Visitamos sólo los jardines. Nada más entrar nos encontramos con la Gran Cascada. Es una obra de 400 m de longitud, sin sombra de duda, el símbolo más representativo de todo el complejo. Está decorada con 225 esculturas de bronce. La figura central de la parte superior de la fuente corresponde a Sansón abriendo las mandíbulas del león, un homenaje a los rusos que derrotaron a los suecos en 1709. Dicen que en el verano la visita es aún más interesante, pues las fuentes están encendidas.

Al volver todavía nos quedó tiempo para pasar por el Palacio Mariinsky, construido por orden de Nicolau I para su hija María, y por la exuberante Catedral de San Isaac.

Volvimos al hotel por la calle Sadovaya. Aunque es una de las calles más importantes, con mucho comercio, es fea. Lo interesante fue observar la cantidad de establecimientos que funcionan 24 horas.

Al día siguiente fuimos al Museo del Hermitage. Pasamos una hora en la cola, bajo una lluvia fina y fría. ¡Pero no me arrepiento! El palacio, por sí solo, ya vale la visita. Es gigantesco, por lo tanto, es imposible apreciar la colección entera en un solo día. La alternativa fue ver las principales obras. El museo, de arquitectura barroca, atesora obras artísticas que los zares reunieron.

Hermitage
Museo del Hermitage. Foto: A.Savin (Wikimedia Commons · WikiPhotoSpace)

Hay quien atribuye a Catalina la Grande la frase “sólo yo y mis ratas podemos disfrutar de esto”. Me alegro de que, con el paso del tiempo, no sea necesario ser una emperatriz o un roedor para poder recorrer las salas, los pasillos y las escaleras de ese maravilloso museo.

No dejamos pasar la oportunidad de conocer el teatro Mariinsky, donde asistimos al ballet Cascanueces.

También fuimos al Museo Ruso, en la Plaza de las Artes. ¡Vale la pena! Las obras siguen una secuencia cronológica, desde el siglo XI hasta la actualidad. Allí podrás apreciar pinturas de Kandiski, Malévich, Chagall, etc.

Russian Museum
Museo Ruso

Estuvimos en dos cafés que recomiendo: Café Singer y Café Literario. El Café Singer está en el piso superior de la librería Don Knigi, que es muy famosa. En el Café Literario, comí un pescado (pike en ruso) muy rico.

Curiosidades sobre Rusia y el pueblo ruso. !Pero hay que acordarse de que fui en el 2012! Pocos hablan inglés, el índice de obesos es bastante alto, adoran la ropa de colores fuertes (rosa, azul, naranja). Estaba de moda, en la época, entre los muchachos, los track suit de Adidas, llevar flequillo y bolso cruzado delante del cuerpo. Las mujeres llevan tacones altísimos. Es común ver hombres sujetando botellas de cerveza como llevamos la de agua… Lo que es muy comprensible pues hasta 2011 Rusia no reconoció la cerveza como bebida alcohólica. Antes se consideraba un producto alimenticio.

No dejes de probar “Алёнка”, el chocolate más famoso de Rusia. Es también un buen regalo…

Buenas sugerencias de vodka: Russian Standard, Beluga e Imperia.

vodkas russas

Este artículo contó con la valiosa colaboración de Elena Blanco, asistente administrativa de la Embajada de Brasil en Madrid.

bandeirasRussia: walking through the cities of the Bolshoi and Dostoevsky

Between May 30 and June 6, 2012, I went to Moscow and St. Petersburg with a friend. We travelled from Madrid. In Moscow, a light rain was falling, and the temperature was around 12 ° C.

I quite enjoyed both cities. One week was enough to get a general idea of ​​the main attractions. For those who know me long enough, it is a well known fact that I make the fullest of the 24 hours of the day, so during this period I went to museums, churches, ballets, opera…

Something amazing about this trip was the feeling of being surrounded by culture. My knowledge of history, art, literature, music and dance has been upgraded. But I confess that, at the end of the holiday, my mind wanted to relax on a desert island.

Strolling through the streets is a journey through time. It is possible to imagine the glamor of the tsars and the deep poverty in which the other mortals lived or the difficulties suffered by the population during the Bolshevik revolution.

Kremlin_birds_eye_view-1
Kremlin birds eye view. By Kremlin.ru, CC BY 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5551972

Moscow. Although I really enjoy walking in the streets, in Moscow it is worth taking the subway, which is known as “People’s Palace”. The stations are beautiful. Tricky is to read their names. Enjoy the beauty of the station as you ascend or descend, for several minutes, the escalator.

We stayed in a friend’s apartment. From there, we had the privilege of seeing Red Square through the window. Actually, in Moscow, it’s the most impressive monument. There you will see the magnificent St. Basil’s Cathedral (which looks like a cake because of the colorful domes). Built, by order of Ivan the Terrible, between 1555 and 1561, it eventually became the symbol of Russia and the most photographed monument of the city. The cathedral houses nine chapels. Curiously, it is officially known as the Cathedral of the Intercession of the Most Holy Theotokos on the Moat or Pokrovsky Cathedral.

In front of the cathedral is the Monument to Minin and Pozharsky, a bronze statue, built in the 19th century, representing the heroes of the war against the Polish-Lithuanian coalition (1612).

The Mausoleum of Lenin is also quite imposing. It is a secret how the body of the founder of the Soviet Union remains intact. The entrance is free and always has a queue, because it does not open every day. Always check specific opening hours to avoid disappointment.

Inside the Kremlin, seat of the Russian government, we passed through the gardens and entered most of the cathedrals, but we did not visit the Patriarch’s Palace, Arsenal Palace and Ivan’s Bell Tower. Everything in Russia is expensive, so you have to choose where to go. In Ivanovskaya Square, we saw the Tsar Pushka (Tsar Cannon), cast in 1586. With 40 tons of bronze, it was given its name as the world’s biggest cannon, but it has never shot! We also saw the Tsar Kolokol (Tsar Bell). At the Cathedral Square, we visit:

Whattosee_CathedralSquare_slider-slider2
Cerimonial mounting parade of the Horse Guard and Foot Guard of the Presidential Regiment © 1997-2019 The Moscow Kremlin State Historical and Cultural Museum and Heritage Site

– the Assumption Cathedral, national and religious center, built by Ivan III, between 1475 and 1479, considered the main Russian church. There, tsars and emperors were crowned and the patriarchs of the Russian church were buried. After the Revolution of 1917, it became a museum;

– the Annunciation Cathedral, built between 1484 and 1489, was, for centuries, the private chapel of princes and tsars;

– the Archangel Cathedral, built between 1505 and 1508. There princes and tsars were buried, among them Ivan the Terrible, and his sons Ivan and Fyodor; and

– the Church of the Deposition of the Robe, erected between 1484 and 1485. Its name refers to a Byzantine festival dating from the fifth century and celebrates the transfer of the Our Lady’s holy robe from Palestine to Constantinople. Legend has it the mantle of the virgin saved Constantinople from its enemies.

At the Red Square, you can have lunch at GUM Shopping. Anyone who stumbles upon such a luxurious shopping mall does not imagine that previously it housed popular Soviet stores. In addition, GUM was the abbreviated form, in Russian, of Department Store.

When you leave the mall, you can take the exit to Ilinka Street, where the Traders’ House and the former Stock Exchange (now the Moscow Chamber of Commerce and Industry) are preserved. Many buildings belonged to the Central Committee of the Communist Party.

Between St. Basil’s Cathedral and GUM Shopping, there is a circular stone structure with a small elevation with stairs in the center. Here, at the behest of the tsar, official orders and documents of general interest were read to the Muscovites.

I had the privilege of seeing two ballet performances at the Bolshoi Theater and attending a satire play. Unfortunately, the Bolshoi Ballet was on tour in the US and Canada, but in any case, it was worth seeing the performance of The Moscow State Academy of Choreography, also known as the Bolshoi Ballet Academy. I could not even blink, afraid to miss a thing.

Regarding museums, I went to the Tretyakov Gallery and to the New Tretyakov Gallery, where you can see Russian art. Many were completely unfamiliar to me! I was fascinated by the works.

When visiting the New Tretyakov Gallery, don’t miss out seeing the sculptures of the Muzeon Park of Arts, an open-air museum featuring 1000 Soviet-era sculptures from the socialist period as well as works of avant-garde and contemporary Russian artists. To relax your mind, you can also take a stroll through Gorky Park.

New Tretyakov Gallery
New Tretyakov Gallery

The visit to the Museum of Cosmonautics was ludic. The exhibition gives a retrospect on how Soviet space science evolved.

We went on two occasions to the Italian restaurant Gusto. The service is good. At night, you can have fun. They play live music, and the Russians girls dance sensually.

RUS-2016-Aerial-SPB-Peter_and_Paul_Fortress_02
RUS-2016-Aerial-SPB-Peter and Paul Fortress, St. Petersburg. By Andrew Shiva / Wikipedia, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=51488758

St. Petersburg. In St. Petersburg, we stayed at the Polikoff hotel. It is simple but very well located, almost on the corner with Nevsky Prospect, the main street in the city.

Our first visit was to the absolutely beautiful Church of the Savior on Spilled Blood, whose official name is the Church of the Resurrection and is one of the classic prints of St. Petersburg. It was built between 1883 and 1907, at the site where Tsar Alexander II was killed, hence “spilled blood”.

Then we passed by Field of Mars, crossed the Trinity Bridge and went to the Peter and Paul Fortress, built by Peter the Great to defend the exit to the Baltic Sea. There died his son Alexei, in 1718, accused of conspiracy against his father. Inside the fortress is located the Peter and Paul Cathedral, built between 1712 and 1733. The cathedral houses the remains of almost all the Russian emperors and empresses from Peter the Great to Nicholas II and his family. Among the emperors and empresses buried here was Catherine the Great, Empress of Russia for 34 years.

To enjoy the sunny day, we went by boat to the Peterhof Palace. We only visited the gardens. As soon as we entered, we came upon the Grand Cascade. It is a work of 400 meters in length, without a doubt the most representative symbol of the whole complex. It is decorated with 225 bronze sculptures. At the center stands a statue of Samson wrestling the jaws of a lion, a tribute to the Russians who defeated the Swedish Army at the Battle of Poltava in 1709. People say the visit becomes even more interesting when the fountains turns on in the summer.

Peterhof2
Peterhof Palace. Photo: St. Petersburg Official City Guide

After the tour, we still have time to pass by Mariinsky Palace, built by order of Nicholas I for his daughter Maria, and by the exuberant St. Isaac’s Cathedral.

We returned to the hotel by Sadovaya Street. Although it is one of the most important streets, with a lot of commerce, it is unattractive. It was interesting to observe the amount of establishments that run 24 hours (24 yaca in Russian).

The next day we went to the Hermitage Museum. We faced an hour of queuing, under thin cold rain. But I do not regret it! The palace, by itself, is worth the visit. It is huge (it is the second-largest art museum in the world), so it is impossible to see the entire collection on a single day. The alternative was to see the highlights. This Baroque-style palace houses artistic works that the tsars gathered.

Some people attribute Catherine the Great to the phrase “only I and my rats can enjoy it”. I am glad that, over time, it is not necessary to be an empress or a rodent to walk through the halls, corridors and stairs of this wonderful museum.

We did not miss the chance to visit the Mariinsky Theater, where we watched the Nutcracker.

We also went to the Russian Museum in the Arts Square. Worth it! The works follow a chronological sequence. There are from icons to modern art (Kandisky, Malevich, etc).

Café Singer
Cafe Singer

We went to two restaurants that I recommend: Cafe Singer and the Literary Cafe. Café Singer is located on the top floor of the building that houses Dom Knigi bookstore. At the Literary Cafe, I ate a delicious fish (pike in Russian)!

Trivia about Russia and the Russian people. But keep in mind I went there in 2012! Very few speak English, the rate of obese is quite high, they wear strong colors. It was fashionable, for example, pink, blue, orange. Among the boys, the new black was the track suit of Adidas, wear fringe and a crossbody bag. Women wear high heels. It is common to see men carrying bottles of beer, as we take bottles of water… It is easy to understand when you know that only in 2011 a Russian bill classified beer as alcoholic. Anything containing less than 10% alcohol was considered a foodstuff…

Be sure to try “Алёнка”, the most famous chocolate in Russia. It is also a good souvenir.

Good suggestion of vodka: Russian Standard, Beluga and Imperia.

This article had the valuable collaboration of Thais Pinheiro.